Para preparar uma aula, a meu ver, esta é uma prática imprescindível. É necessário ter um planejamento muito bem estruturado para potencializar o aprendizado dos alunos.
Mas, você sabia que essa era uma prática negativa? Sim, pois na ditadura ela servia para controlar as atividades e ações dos professores e garantir que o que era dado na sala de aula condizia com o que o “governo” pregava naquela época. Além de ser um instrumento de controle, os planejamentos se caracterizavam em um momento de reflexão perdida, pois seu objetivo foi perdido para os docentes.
Hoje precisamos fazer um exercício de superação dessa visão negativa, afinal de contas a ditadura acabou. Precisamos ligar o planejamento com a intenção do professor de ser um verdadeiro mediador do conhecimento e um profissional comprometido com uma educação de qualidade. Precisamos tentar ajudar nossos alunos com nossas práticas, mas de nada adianta chegar na sala de aula sem saber o que vai fazer exatamente, sem saber quanto tempo temos para realizar determinada atividade e sem saber se aquela atividade de fato é necessária. É claro que só aprenderemos se tentarmos, mas devemos tentar.
Como podemos montar um bom planejamento, então? Precisamos começar com perguntas como: Que tipo de pessoa queremos formar? O que eu quero que meus alunos saibam?
Através deste exercício pensamos nos objetivos. A elaboração dos conteúdos vem a seguir, visando uma formação completa do aluno, tendo a intenção de que eles aprendam muito mais além do conteúdo formal dos livros e apostilas.
Para por em prática o ensino destes conteúdos devemos pensar na metodologia e nesta parte a crítica e os experimentos são importantes, pois devemos pensar em como fazer para que os conteúdos sejam significativos e compreensíveis para todos os alunos.
Finalmente chega o momento em que devemos pensar como avaliar a aprendizagem dos alunos, que deve ser de acordo com todo o processo de ensino. A avaliação tem uma importância primordial, pois a partir dela analisamos os alunos, nossas práticas e a eficácia da metodologia. Neste processo não é apenas necessário saber se nossos alunos aprenderam o conteúdo, mas de que maneira ele foi se concretizando ao longo do tempo e como isso aconteceu. A avaliação precisa visar a formação integral do aluno, assim como todos os processos do planejamento, e não ser apenas normativa.
Quer receber mais dicas de como pensar seu planejamento e as etapas dele? Fique ligado em nossa coluna Edutiê.
Texto de Natalia Ghidelli